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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Instruções básicas para começar a meditar

Instruções básicas para começar a meditar
Posição
Na meditação sentada o mais importante é manter a coluna ereta sem esforço, isto é, não deve haver nenhuma tensão para mantê-la assim, ela deve estar em ponto de equilíbrio e não sustentada por contração muscular. Diz-se que suas vértebras devem estar equilibradas como uma pilha de moedas. Para isso pode-se usar a posição de lótus ou meio lótus, ou uma cadeira ou um banquinho especial, em todos com exceção do banquinho que já tem uma inclinação apropriada é importante ter um apoio que empurre o corpo para frente equilibrando exatamente a força com que as pernas o empurram para trás. É fácil conseguir isso dobrando uma almofada e colocando esta ou qualquer outro apoio confortável exatamente sob a base do sacro. As mãos podem acompanhar a posição do lótus ou simplesmente relaxar sobre as pernas numa posição que não tencione os braços nem os ombros. O importante sobre elas é que fiquem numa posição que permitam os ombros não arquearem para frente, mas sim ficarem um pouco para trás relaxados, sem contração permitindo uma respiração natural e ampla. Para isso é melhor que as palmas fiquem para cima cruzadas uma sobre a outra junto ao abdômen (tradicionalmente os budistas usam a direita sobre a esquerda e os polegares se tocando levemente).
Concentração na respiração
Podemos voltar nossa atenção para a sensação provocada pela entrada e pela saída do ar nas narinas ou um pouco abaixo delas ou mesmo no lábio superior. A respiração deve ser natural e a concentração também isto é não demais forçada, rígida, contraída, nem negligente, relaxada demais. Pode-se dizer que dividimos a força da atenção: aproximadamente 50% dela sempre na respiração, distrações vão ocorrer, assim que as percebermos nos damos conta delas e voltamos à respiração, sem conflito, angustia, nem tensão alguma; aproximadamente 25% se ocupa das funções corporais: corrigindo a postura e abandonando as tenções; notando as sensações físicas e se elas causam prazer, desprazer ou se são neutras; notando a temperatura, os movimentos, os reflexos, os batimentos do coração, etc. O restante se ocupa com o que ocorrer na mente e nas formações mentais simplesmente notando o que está acontecendo.
Vigilância do que ocorre
Geralmente correm pensamentos, emoções, lembranças, imaginação, sono ou sonhos, desejos, gostar ou desgostar, ansiedade, dispersão, etc. Mas não acompanhamos tais manifestações, simplesmente notamos seu aparecimento e observamos, se possível, seu surgimento, seu desenvolvimento e seu fim ou sua ausência, sem nos identificarmos com elas.
Atitude de não seguir, soltar e sempre retornar
Ao surgirem tais fenômenos em nossa mente devemos estar atentos à sua manifestação e observamos seu aparecimento, desenvolvimento e desaparecimento, sem agarrá-las, sem acompanhá-las, sem segui-las, mas sempre soltando, abandonando, deixando irem-se e retornando à respiração. A concentração estável na respiração é o que proporcionará ver mais claramente essas manifestações, funções e tudo que ocorrer. Por isso devemos vigiar para não desviar a maior porcentagem da atenção para elas, mas manter a atenção na respiração.

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