O Tathagatagarbha Sutra é um sutra mahayana que traz a postulação de uma Natureza Búdica, presente em todos os seres como um potencial de serem Budas. Apresenta uma leitura positiva da vacuidade (sunyata, sunatta), e afirma uma Budeidade atemporal, real, pura, já presente em todos os seres e a ser manifesta através da purificação das impurezas que à obscurece.
Em sutras como este essa essência búdica é apresentada como a doutrina última e definitiva (nitartha), superior a todas as demais. No Lankavatara Sutra, que é anterior pode-se entender alguma formulação do Tathagatagarbha e da consciência primiordial eterna, permitindo a leitura de que o substrato de toda a realidade, em seu aspecto último seria tal como um espelho luminoso, infinito e perfeitamente límpido, existente no substrato último de todos dos seres.
Tais sutras foram surgiram na época de intenso intercâmbio cultural entre povos e suas culturas, desde o Mediterrãneo até a China e são em grande parte o alicerce do que hoje chamamos Mahayana.
(apresentação baseada em Mahayana, seu surgimento e seus sutras Por Dhammarakkhitta)
Tathagatagarbha Sutra – Português
Ensinamento de Siddhartha sobre a Natureza de Buda
Traduzido com reverência para o português por Rev. Sandro Vasconcelos
Introdução:
O Buda-Garbha (Matriz ou Essência de Buda) é revelado pelo Buda aos seus discípulos mais
avançados como a Quintessência do Buda imutável e pacífico que reside dentro de cada ser. Esta
Essência pode ser compreendida como a semente que contém todas as qualidades espirituais
positivas dos seres. Sua presença é a responsável pelo desejo de Iluminação e ela própria torna
possível a obtenção da Iluminação (já que a Iluminação, por meio do Tathagatagarbha, já se
encontra em nossa mente).
Ao considerar o Tathagatagarbha, deve-se sempre ter em mente a ressalva de que o “conceito”, em
última instância, é incompreensível e inexplicável para a mente não desperta. Definir o
Tathagatagarbha como mera "vacuidade" ou como apenas um “meio hábil”, para se explicar a vazio
é de um reducionismo extremo. O Tathagatagarbha representa a presença interna, verdadeiramente
real e sustentadora; se valer de qualquer outra definição diferente seria “injusto” a esta essência
transcendental. O fato é que tudo o que se diz sobre o Tathagatagarbha não pode capturar
plenamente a totalidade de seu mistério e perfeição; as palavras são finalmente inadequadas e não
há nada no mundo que possa ser verdadeiramente comparado a ele.
O Tathagatagarbha constitui o reino ou esfera dos Budas perfeitos, oniscientes, que alimenta
espiritualmente cada pessoa em quem ele se encontra (isto é, cada ser). Essa sublime Natureza só
pode ser vista realmente por meio de uma introspecção interior e por um coração purificado. É,
assim, que se sai da roda do samsara e se alcança o estado de Buda.
Abaixo, traduzi reverentemente este sutra do inglês para o português, as fontes utilizadas estão
descritas no final desta postagem. Boa leitura!
O Sutra do Tathagatagarbha
Assim eu ouvi. Certa vez, Buda estava abrigado no pico do abutre perto de Rajagrha, no salão de
conferências de um pavilhão de vários andares, construído em sândalo perfumado. Ele havia
alcançado a condição de Iluminado há dez anos e estava acompanhado por uma assembleia de
centenas e milhares de grandes monges e uma multidão de bodhisattvas e grandes seres, sessenta
vezes o número de areias no rio Ganges. Todos, em perfeita devoção, faziam oferecimentos a
centenas de milhares de miríades de legiões de Budas. Todos eram capazes de girar a roda
irreversível do Dharma. Ao ouvir os nomes destes Budas, os presentes entravam no caminho
insuperável da não-retrogressão.
Os presentes na assembleia chamavam-se: Bodhisattva Dharmamati, Bodhisattva Simhamati,
Bodhisattva Vajramati, Bodhisattva “Mente Harmoniosa”, Bodhisattva Shrimati, Bodhisattva
Candraprabha, Bodhisattva Ratnaprabha, Bodhisattva Purnacandra, Bodhisattva Vikrama,
Bodhisattva Anantavikramin, Bodhisattva Trailokyavikramin, Bodhisattva Avalokiteshvara,
Bodhisattva Mahasthamaprapta, Bodhisattva Gandhahastin, Bodhisattva Sugandha, Bodhisattva
“Acima da Sublime Fragrância”, Bodhisattva “Matriz Suprema”, Bodhisattva Suryagarbha,
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Bodhisattva “Insígnia que Adorna”, Bodhisattva “Bandeira de Ordem”, Bodhisattva Vimalaketu,
Bodhisattva “Luz Infinita”, Bodhisattva “Doador de Luz”, Bodhisattva Vimalaprabha, Bodhisattva
Pramuditaraja, Bodhisattva Sadapramudita, Bodhisattva Ratnapani, Bodhisattva Akashagarbha,
Bodhisattva “Rei da Luz da Virtude”, Bodhisattva “Rei do Dharani Independente”, Bodhisattva
Dharani, Bodhisattva Sarvashoka-Pramardin, Bodhisattva “Liberando todos os seres da amargura”,
Bodhisattva “Mente Alegre”, Bodhisattva Purnamanoratha, Bodhisattva “Satisfação Eterna”,
Bodhisattva “Todo-Esplendor”, Bodhisattva Candraprabha, Bodhisattva Ratnamati, Bodhisattva
“Corpo de uma Mulher em Transformação”, Bodhisattva “Grande Trovão”, Bodhisattva
Kalyanamitra, Bodhisattva “Visões Não-irrelevantes”, Bodhisattva Sarvadharma-svatantra,
Bodhisattva Maitreya e o Bodhisattva Manjushri. Havia também bodhisattvas e grandes seres como
eles de inúmeras terras de Buda, cujo número igualava sessenta vezes o número de areias no rio
Ganges. Junto com um número incontável de deuses, nagas, yaksas, gandharvas, asuras, garudas,
kinnaras e mahoragas, todos se reuniram para fazer reverências e ofertas.
Naquele dia, o Buda sentou-se com o corpo alinhado, em meditação, no pavilhão de sândalo e, com
seus poderes sobrenaturais, realizou uma exibição milagrosa. Apareceu no céu um número
incontável de flores de lótus de mil pétalas tão grandes como rodas de carruagem, cheias de cores e
fragrâncias que não se podia começar a enumerar. No centro de cada flor havia uma imagem
conjurada de um Buda. As flores se erguiam e cobriam os céus como uma bandeira de joias, cada
flor emitindo raios incontáveis de luz. Todas as pétalas simultaneamente se abriram em seu
esplendor e, em seguida, através dos poderes milagrosos do Buda, todas secaram em um instante.
Dentro das flores, todas as imagens de Buda estavam sentadas com as pernas cruzadas na posição
de lótus, e cada uma emitia centenas de milhares de raios de luz. A beleza do lugar, naquele
momento, era tão extraordinária que toda a assembleia se alegrou e dançou em êxtase. Na verdade,
era tão estranho e extraordinário que todos começaram a se perguntar por que todas as incontáveis
flores maravilhosas de repente foram destruídas. Enquanto murchavam e escureciam, o cheiro que
elas emitiam era de algo podre e repugnante.
Mas nesse momento, o Honrado pelo Mundo, percebendo que os bodhisattvas estavam perplexos,
se dirigiu a Vajramati, dizendo: Ó bom filho. Se houver alguma coisa nos ensinamentos do Buda
que o deixe perplexo, sinta-se à vontade para fazer indagações. O Bodhisattva Vajramati sabia que
todos na assembleia estavam perplexos, e assim se dirigiu ao Buda, dizendo: Ó Honrado pelo
Mundo, por que conjurou imagens de Buda em todas as inúmeras flores? E por que razão
ascenderam aos céus e cobriram o mundo? E por que o Buda representou cada uma delas emitindo
incontáveis centenas de milhares de raios de luz? Todos na assembleia prestavam atenção e, em
seguida, juntaram suas mãos em respeito. Nesse ponto, o Bodhisattva Vajramati falou em versos,
dizendo:
Nunca, nunca testemunhei
Uma exibição milagrosa como a de hoje.
Ver centenas de milhares e milhões de Budas
Sentado nos cálices das flores de lótus,
Cada um emitindo incontáveis fluxos de luz,
Preenchendo todos os campos,
Dispersando a sujeira dos falsos mestres,
Adornando todos os mundos!
Os lótus repentinamente murcharam;
Não havia um que não fosse nojento.
Agora diga-nos, por que você exibiu esta visão conjurada?
Vemos Budas mais numerosos do que as areias do Ganges.
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Naquela ocasião, o Honrado pelo Mundo falou com Vajramati e os outros bodhisattvas, dizendo:
bons filhos, há uma grande essência chamada Tathagatagarbha; foi porque eu queria expô-la que
lhes mostrei estes sinais. Todos vocês devem ouvir atentamente e ponderar bem. Todos disseram:
Excelente! Desejamos muito ouvi-lo.
O Buda disse: bons filhos, há uma comparação que pode ser feita entre as incontáveis flores
conjuradas pelo Buda, que de repente se secaram, e as inumeráveis imagens de Budas conjuradas
com seus muitos adornos, sentadas na posição de lótus dentro das flores e que lançavam Luz tão
extraordinariamente rara, que não havia ninguém na assembleia que não demonstrasse reverência.
De modo semelhante, bons filhos, quando vejo todos os seres com o meu olho búdico, vejo que
escondido dentro dos kleshas (vícios, traços mentais negativos) da ganância, do desejo, da raiva e
da estupidez, está sentado, augusto e imutável, a sabedoria do Tathagata, a visão do Tathagata e o
corpo do Tathagata. Bons filhos, todos os seres, embora se encontrem com todos os tipos de
kleshas, têm um Tathagatagarbha que é eternamente imaculado e que está repleto de virtudes não
diferentes das minhas.
Ademais, bons filhos, é exatamente como uma pessoa de visão sobrenatural que pode ver os corpos
dos Tathagatas sentados na posição de lótus dentro das flores, mesmo que as pétalas ainda não
estejam desabrochadas; enquanto que, depois que as pétalas murchas são removidas, esses
Tathagatas se manifestam para que todos os possam ver. Da mesma forma, o Buda pode realmente
ver o Tathagatagarbha dos seres sencientes. E porque ele quer mostrar o Tathagatagarbha para eles,
expõe os sutras e o Dharma, a fim de destruir os kleshas e revelar a Natureza Buda.
Bons filhos, tal é o Dharma de todos os Budas. Surgindo ou não Budas no mundo, os
Tathagatagarbhas de todos os seres permanecem eternos e imutáveis. Eles estão apenas cobertos
pelos kleshas dos seres sencientes. Quando o Tathagata aparece no mundo, ele expõe o Dharma em
todos os lugares para remover a ignorância e a tribulação, purificando a sabedoria universal dos
seres. Bons filhos, se há um bodhisattva que tem fé neste ensinamento e que o pratica de forma
simples, alcançará a libertação e a Iluminação verdadeira e universal e, pelo bem do mundo, agirá
como um Buda em qualquer lugar que esteja.
Nesse ponto, o Bhagavan expressou-se em gatha (em versos), dizendo:
É como as flores murchas;
Antes de suas pétalas terem aberto,
Alguém de visão sobrenatural pode ver
O Tathagata-kaya não manchado.
Depois que as flores murchas são removidas,
Essa pessoa vê, sem obstáculo, o Mestre,
Que, a fim de separar kleshas,
Aparece triunfantemente no mundo.
O Buda vê que todos os tipos de seres
Possuem universalmente o Tathagata-garbha.
Que é coberto por kleshas incontáveis,
Apenas como um emaranhado de pétalas fedidas, murchas.
Então eu, em nome de todos os seres,
Em todo lugar exponho o Saddharma,
Para ajudá-los a remover seus kleshas
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E rapidamente alcançar o caminho de Buda.
Eu vejo com meu cakshur (olho) de Buda
Que nos corpos de todos os seres
Lá está escondido o Buddha-garbha,
Assim, exponho o Dharma para revelá-lo.
Ou, bons filhos, é como o mel puro em uma caverna ou em uma árvore, cercado e protegido por um
inumerável enxame. Algum conhecedor de técnicas inteligentes que queira este mel, seja para
consumo próprio ou oferecimento a outros, vai remover primeiramente as abelhas para depois pegar
o alimento. Da mesma forma, bons filhos, todos os seres sencientes têm o Tathagatagarbha que está,
assim como o mel puro em uma caverna ou árvore coberto por abelhas, cercado pelos kleshas. Com
meu olho de Buda eu vejo isso claramente, e com os meios hábeis apropriados exponho o Dharma,
a fim de remover os kleshas e revelar a visão de Buda.
Então o Bhagavan expressou-se em gatha, dizendo:
É exatamente como o que acontece quando o mel em uma caverna ou árvore,
Embora cercado por inúmeras abelhas,
É tomado por alguém que conhece um upaya (meio-hábil)
Para primeiro se livrar do enxame.
O Tathagatagarbha dos seres sencientes
É como o mel em uma caverna ou uma árvore.
O emaranhamento da ignorância e da tribulação
É como o enxame
Que mantém pessoas afastadas.
Pelo bem de todos os seres,
Exponho o Saddharma com expedientes virtuosos
Removendo as abelhas klesha,
Revelando o Tathagatagarbha.
Dotado de eloquência que não conhece obstáculo,
Eu prego o Dharmamrta,
Com compaixão aliviando seres,
Em todos os lugares, ajudando-os a atingir a Iluminação perfeita.
Ou, bons filhos, é como uma semente de trigo que ainda não foi descascada; algum desqualificado
pode, tolamente, desdenhar deste vegetal e considerá-lo como algo a ser descartado. Porém, quando
o trigo é limpo, a semente é de grande utilidade. Da mesma forma, bons filhos, quando observo
seres conscientes com meu olho de Buda, vejo que as cascas de kleshas encobrem suas percepções
ilimitadas do Tathagata. Assim, com meios hábeis adequados, exponho o Dharma, para que os seres
removam os kleshas, atinjam a pura sabedoria universal e alcancem, em todos os mundos, a mais
sublime e verdadeira Iluminação.
Então, o Bhagavan expressou isso em gatha, dizendo:
É exatamente como o que acontece quando todos os grãos,
Cujas cascas ainda não foram lavadas,
São desprezados por alguém sem qualificação,
Que afirmou [que este tipo de grão] é algo a ser descartado.
Mas embora o exterior pareça algo inútil,
O interior é genuíno e não deve ser destruído.
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Após a remoção das cascas,
Torna-se comida adequada para um rei.
Vejo que todos os tipos de seres
Têm um Buddhagarbha escondido por kleshas.
Prego a remoção dessas coisas
Permito que eles alcancem a sabedoria universal.
Assim como eu tenho um Dhatu-Tathagata,
Todos os seres também o têm.
Quando eles o desenvolvem e o purificam,
Eles rapidamente alcançam o caminho insuperável.
Ou, bons filhos, é como o ouro genuíno que caiu em um poço de lixo e ficou submerso,
desaparecido por anos. O ouro puro não se deteriora, mas ninguém sabe que ele está lá. Mas,
suponhamos, que alguém de visão sobrenatural tenha surgido e alertado a todos: “dentro do lixo
impuro existe um autêntico ornamento de ouro, você deve encontrá-lo e fazer com ele o que
desejar”. Da mesma forma, bons filhos, o poço impuro representa seus kleshas inumeráveis. O
verdadeiro ouro é o seu Tathagatagarbha. Por esta razão, o Tathagata expõe amplamente o Dharma a
fim de permitir com que todos os seres destruam seus kleshas, alcancem a iluminação verdadeira e
ajam como um Buda.
Então, o Bhagavan expressou-se em gatha, dizendo:
É exatamente como o que acontece quando o ouro está submerso
No lixo impuro, onde ninguém pode vê-lo.
Mas alguém com visão sobrenatural o vê
E volta-se às pessoas de seu convívio, dizendo
Se você retirar [este ouro] do lixo e lavá-lo,
Você pode fazer com ele o que quiser,
Isso faz com que seus parentes e familiares se regozijem.
A visão sugata é assim.
Ela vê que, para todos os tipos de seres,
O Tathagata-dhatu não está destruído,
Embora esteja submerso na lama dos kleshas.
Assim, ele adequadamente expõe o Dharma
E lhes permite administrar todas as coisas,
De modo que os kleshas que cobrem o Dhatu de Buddha
São rapidamente removidos e os seres são purificados.
Ou, bons filhos, é como um tesouro escondido no subsolo de um lar humilde, o tesouro não pode
por si só avisar que está lá, já que não é consciente de si mesmo e não tem voz. Assim, ninguém
consegue descobrir onde ele está. Com os seres acontece algo semelhante; porém, não há nada que a
visão poderosa do Tathagata tenha medo. O tesouro do grande Dharma está dentro dos corpos dos
seres; ele não ouve e não tem consciência dos vícios e delírios dos cinco desejos. A roda do samsara
gira e os seres estão sujeitos a incontáveis duhkhas (sofrimentos). Portanto, os Budas aparecem no
mundo para revelar-lhes o Tathagata-dharmagarbha contido em seus corpos; e uma vez que os seres
acreditem nele e o aceitem, alcançam a Sabedoria Universal.
Em todos os lugares, em nome dos seres, Buda revela o Tathagatagarbha. Ele emprega uma
eloquência que não conhece obstáculo em favor de seus fiéis. Desta forma, bons filhos, com meu
Olho Iluminado, vejo que todos os seres possuem o Tathagatagarbha. E assim, em nome dos
bodhisattvas, exponho este Dharma. Nesse ponto, o Tathagata expressou-se em gatha, dizendo:
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É como um tesouro guardado
Dentro da casa de um homem pobre.
O proprietário não está ciente disso,
Nem o tesouro pode falar.
Por muito tempo [o tesouro] está enterrado na escuridão,
Contudo, não há ninguém que possa avisar de sua presença.
Quando você tem um tesouro, mas não sabe disso,
Viverá na pobreza e no sofrimento.
Quando o olho Buda observa os seres,
Verifica que, embora transmigrem
Através dos cinco gati (reinos)
Há um grande tesouro em seus corpos
Que é eterno e imutável.
Quando ele vê isso, o Buda
Ensina em nome de todos os seres,
Permitindo-lhes atingir o Jnanagarbha (conhecimento interior)
E a grande riqueza do cuidado mútuo.
Se acreditar no que lhe ensinei
Sobre todos possuírem o tesouro,
E se se dedicar fiel e ardentemente,
Empregando meios virtuosos,
Alcançará rapidamente o Caminho insuperável (marga-satya).
Ou, bons filhos, é como o caroço dentro de uma manga (amra) não apodrecida. Quando este caroço
é plantado no solo, cresce como a maior e mais régia das árvores. Da mesma maneira, bons filhos,
quando vejo seres sencientes com a minha visão de Buda, percebo que o Tathagatagarbha é envolto
por uma casca de ignorância, assim como as sementes de um fruto são apenas encontradas em seu
núcleo. Bons filhos, este Tathagatagarbha é inerte e ainda não maduro. É a profunda quiescência do
nirvana que é desperta pela grande sabedoria. Ele é chamado de verdadeiramente Iluminado, o
Tathagata, o Arhat, e assim por diante.
Bons filhos, depois que o Tathagata observou os seres sencientes, ele revelou esta mensagem para
purificar a sabedoria dos bodhisattvas e dos grandes seres.
Nesse ponto, o Bhagavan expressou-se em gatha, dizendo:
É como o caroço de uma fruta amra
Não apodrecida.
Plante-a na terra
E, inevitavelmente, uma grande árvore crescerá.
A visão impecável do Tathagata
Vê que o Tathagata-garbha
Dentro do corpo de seres
É como a semente dentro de uma flor ou fruta.
Embora a ignorância cubra o Buddhagarbha,
Você deveria ter fé e perceber
Que você é possuído de samadhi (sabedoria),
Que não pode ser destruída.
Por esta razão exponho o Dharma
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E revelo o Tathagatagarbha,
Que você pode rapidamente alcançar o insuperável caminho (anuttara)
Assim como uma fruta cresce como a mais régia de árvores.
Ou, bons filhos, é como um homem carregando uma estátua de ouro puro, que deve atravessar
estradas estreitas em terras estranhas, temendo ser vitimado e roubado. Então, para não chamar à
atenção, ele envolve a estátua em trapos desgastados. No caminho, o homem, de repente, morre e a
estátua de ouro fica jogada no meio da estrada. Viajantes passam por ali pisoteando a estátua,
tornando-a totalmente suja. Mas uma pessoa com visão sobrenatural percebe que dentro dos trapos
desgastados havia uma estátua de ouro puro, então ele a desembrulha e todos se admiram com ela.
Da mesma forma, kulaputras (bons filhos), vejo os diferentes seres com seus muitos kleshas,
transmigrando através da longa noite do samsara, sem fim, e percebo que dentro de seus corpos está
o maravilhoso Tathagatagarbha, que é augusto e puro e não diferente de mim. Por esta razão, o
Buda expõe o Dharma, para que os seres possam cortar os kleshas e manifestar a pureza do
Tathagata-jnana. Giro o Dharmacakra (Roda da Lei) repetidas vezes para converter todos os
mundos.
Nesse ponto, o Bhagavan expressou-se em gatha, dizendo:
É como um viajante em outro país
Levando uma estátua dourada,
Envolvida em trapos sujos e desgastados
Derrubada em um campo abandonado.
Alguém de visão sobrenatural a avista
E avisa as outras pessoas sobre o ocorrido.
Eles removem os trapos sujos e desvelam a estátua
E todos se regozijam muito.
Minha visão sobrenatural é assim.
Vejo que seres de todos os tipos
Estão emaranhados em kleshas e ações malignas
E estão atormentados com todos os sofrimentos do samsara.
Contudo, também vejo que em meio
Ao pó da ignorância de todos os seres,
O Tathagatagarbha permanece imóvel,
Grande e indestrutível.
Depois de ter visto isso,
Eu explico aos bodhisattvas que
Kleshas e ações malignas
Cobrem a maioria dos corpos vitoriosos.
Você deve se esforçar para eliminar os kleshas,
E manifestar o Tathagata-jnana.
Que é o refúgio de todos:
Devas, manushyas (seres humanos), nagas e bhutas.
Ou, bons filhos, é como uma mulher humilde, vil, feia, e odiada pelos outros, mas que tem um
nobre bebê em seu ventre. Este se tornará um sábio rei, um governante de todas as quatro direções,
mas a mãe não conhece sua história futura e constantemente pensa em seu filho como uma criança
indesejada e desgraçada. Da mesma forma, kulaputras, o Tathagata vê que todos os seres sencientes
são transportados pela roda do samsara, recebendo sofrimento e veneno, porém, sabe que seus
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corpos possuem o tesouro do Tathagata. Assim como aquela mulher, os seres não percebem isso. É
por essa razão que o Tathagata, em todos os lugares, expõe o Dharma, dizendo: Bons filhos, não se
considerem inferiores ou baixos; todos vocês possuem pessoalmente a natureza de Buda: se vocês
se exercitarem e destruírem seus males passados, receberão o título de bodhisattvas ou honrados
pelo mundo, e converterão e salvarão inúmeros seres sencientes.
Nesse ponto, o Bhagavan expressou-se em gatha, dizendo:
É como uma mulher empobrecida
Cuja aparência é comum e vil,
Mas que carrega em seu ventre um filho Arya
Que vai se tornar um rei Cakravartin.
Repleto de Sete Joias e de todas as virtudes,
Ele possuirá como rei os quatro cantos da terra.
Mas ela é incapaz de saber isso
E concebe apenas pensamentos de inferioridade.
Vejo que todos os seres
São como crianças em perigo.
Dentro de seus corpos está o Tathagatagarbha,
Mas eles não percebem isso.
Então eu digo, bodhisattvas,
Tenham cuidado para não se considerarem inferiores.
Seus corpos são Tathagatagarbhas;
Eles sempre contêm
A luz do mundo da graça salvadora.
Se você não perder muito tempo
E se esforçar
Sentado na sala de meditação,
Alcançará o caminho do mais alto siddhi (realização)
E salvará ilimitados seres.
Ou, bons filhos, é como um mestre escultor fabricando uma estátua de ouro puro. Após a conclusão
da fundição, ela é emoldurada e colocada no chão. Embora o exterior esteja queimado e enegrecido,
o interior não se altera. Quando [o molde] é aberto e a estátua retirada, a cor dourada se mostra
radiante e deslumbrante. Semelhantemente, bons filhos, quando o Tathagata observa todos os seres
sencientes, ele vê que o Buddhagarbha está dentro de seus corpos, repletos de todas as suas várias
virtudes. Depois de presenciar isso, ele revela, a todos os lugares, que todos os seres obterão a
libertação. Ele remove os kleshas com sua sabedoria e revela o corpo de Buda, como uma pessoa
descobrindo uma estátua de ouro.
É como uma grande fundição
Como inúmeras estátuas douradas.
As pessoas tolas olham para fora
E vêm somente os moldes de terra escurecidos.
O mestre escultor estima o momento em que elas esfriam,
E abre-as para extrair seus conteúdos.
Removendo toda a impureza
E suas características claramente são reveladas.
Com minha visão de Buda
Vejo que todos os seres são assim.
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Dentro da lama das paixões,
Todos têm a natureza do Tathagata.
Por meio do vajra jnana,
Quebro o molde das kleshas
E revelo o Tathagatagarbha,
Como ouro puro e brilhante.
É assim que percebo tudo isso
E instruo todos os bodhisattvas,
Desta mesma maneira você deve compreender,
E converter, por sua vez, todos os outros seres.
Nesse ponto, o Bhagavan falou a Vajramati e aos outros bodhisattvas mahasattvas, dizendo: se você
é bhikshu ou upasaka, kula putra e duhita, deve aceitar, recitar, copiar, reverenciar e amplamente
expor este "Sutra do Tathagatagarbha" para o benefício de todos. As virtudes acumuladas por tais
ações são inestimáveis. Vajramati, se há um bodhisattva que, por causa do caminho do Buda,
trabalhou diligente e assiduamente, ou que cultivou abhijna, ou que entrou em todos os samadhis,
ou que desejou plantar as kushala mulas (raízes da virtude), ou que adorou os Budas atuais, mais
numerosos do que as areias do Ganges, ou que a eles ergueu mais estupas de “Sete Pedras
Preciosas” do que as areias do Ganges, de uma altura de dez yojanas e uma profundidade e largura
de um yojana, ou que preparou nestas estupas de “Sete Pedras Preciosas” assentos cobertos com
pinturas divinas, ou que diariamente erigiu para cada Buda mais estupas de “Sete Pedras Preciosas”
do que as areias no Ganges e que apresentou estas obras a cada Tathagata, bodhisattva e shravaka na
assembleia, ou quem fez estas obras, em todos os lugares, para todos os Buddhas atuais, cujo
número é maior do que as areias do Ganges, ou que erigiu cinquenta vezes mais estupas de “Sete
Pedras Preciosas” do que as areias do Ganges e que as apresentou a cada Tathagata e bodhisattva e
shravaka na assembleia, ou que fez este tipo de coisa em todos os lugares para todos os Budas
atuais, cujo número é maior do que as areias do Ganges, ou que ergueu cinquenta vezes mais
estupas de jóias do que as areias no Ganges e que as apresentou como uma oferta a cinquenta vezes
mais Budas e bodhisattvas e sravakas na assembleia do que as areias do Ganges e que fez isso por
inúmeras centenas e milhares e dezenas de milhares de kalpas, Vajramati, este bodhisattva ainda não
seria igual à pessoa que encontra profunda alegria (pramudita, primeiro estágio do bodhisattva) e
iluminação perfeita no “Sutra do Tathagatagarbha”, que o aceita, o recita, o copia, ou mesmo
reverencia apenas uma única de suas metáforas.
Vajramati, embora o número de kushala mulas e virtudes plantadas por esses bons filhos em nome
dos Buddhas seja incalculável, não chega a um centésimo ou milésimo ou qualquer possível fração
calculável do número de virtudes atingidas pelo kulaputra e duhita que reverencia o “Sutra do
Tathagatagarbha”.
Nesse ponto, o Bhagavan expressou-se em gatha, dizendo:
Se há uma pessoa que procurando a perfeita Iluminação
Escuta e aceita este sutra,
Copia-o e o reverencia
Mesmo um único verso,
O Tathagatagarbha sutil e profundo
Surgirá instantaneamente, acompanhado de alegria.
Se você se entregar a este verdadeiro ensinamento
Suas virtudes serão incalculáveis.
Se houver uma pessoa procurando o Sambodhi
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Que alcançou grandes poderes espirituais,
E que deseja fazer uma oferta
Para os Budas das dez direções
E aos bodhisattvas e shravakas da assembleia,
Cujo número é maior
Do que as areias do Ganges,
Cem milhões de vezes incalculáveis;
Se para cada um destes Budas
Ele construiu uma stupa maravilhosa de joias
De dez yojanas em altura
E uma largura de quarenta li,
Dentro da qual ele reserva um assento de sete pedras preciosas,
Com todas as maravilhas
Apropriado para o augusto Professor,
Coberto com imagens divinas e almofadas,
Cada uma projetada de maneira única;
Se ele oferecesse aos Budas e à Sangha
Um número incalculável destas oferendas,
Mais do que as areias do Ganges,
E se ele lhes oferecesse
Sem cessar, de dia ou de noite
Durante centenas e milhares
E dezenas de milhares de kalpas,
As virtudes que ele obteria desta maneira
Não poderiam ser comparadas
Às virtudes muito maiores
Da pessoa sábia que ouve este sutra,
Que aceita até mesmo uma única metáfora dele
E que o explica para o benefício dos demais
Seres que se refugiam neste sutra
Alcançarão rapidamente o caminho inigualável.
Bodhisattvas que devotam seus pensamentos
Ao profundo Tathagatagarbha,
Sabem que todos os seres possuem o Tathagatagarbha
E rapidamente alcançam o “sem igual”
Naquela época, o Bhagavan voltou a se dirigir ao Bodhisattva Vajramati, dizendo: Um tempo
incalculável em um passado distante, mais antigo do que muitos inconcebíveis asamkhyeykalpa,
havia um Buda chamado Rei da Luz Eterna, Tathagata, Arhat, Samyaksambuddha Vidya-Caranasampanna
Sugata Lokavit Anuttara-purusha-damya-sarathi Shasta-deva-manushyanam Buda
Bhagavan. Vajramati, por que ele foi chamado de Rei da Luz Eterna? Quando este Buda
originalmente praticava o caminho do bodhisattva, como um espírito que emerge do ventre para
fora, irradiava luz perpétua que penetrava e iluminava, em um instante, até os mais ínfimos átomos
de todos os milhares de mundos de Buda nas dez direções. Todo ser que viu essa luz tornou-se cheio
de alegria e dotado do poder da forma; sua sabedoria tornou-se perfeita; alcançando uma eloquência
que não conhecia obstáculo. Se um ser infernal, preta-bhuta (fantasma faminto), tiryagyoni
(animal), Yama King, Senhor dos Mortos, ou um asura viu esta luz, todos os seus renascimentos nos
reinos maléficos foram desconsiderados e ele ressurgiu como um Deva. Se algum deva viu esta luz,
alcançou a irreversibilidade no caminho mais elevado e foi dotado com os cinco abhijna. Se alguém
que alcançou a irreversibilidade viu essa luz, atingiu o Anutpattika-dharma-kshanti (a percepção da
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não produção dos fenômenos) e as cinquenta virtudes dharani. Vajramati, todas as terras iluminadas
por aquela luz tornaram-se majestosas e puras, como porcelana translúcida, com cordões de ouro
balizando os caminhos, exuberantes com a fragrância de vários tipos de árvores, flores e frutos de
joias. Brisas leves sopravam suavemente através delas, produzindo sons suaves que anunciavam
livremente e sem restrições a Joia Tríplice, as virtudes do bodhisattva, o poder dos kushala mulas, o
estudo do caminho, o samadhi e o vimukti (libertação). Os seres que ouviram tudo alcançaram
alegria no Dharma. Suas “fés” se firmaram e eles foram liberados para sempre dos reinos do
renascimento do mal. Vajramati, por essa razão, todos os seres das dez direções eram, às seis horas,
instantaneamente envolvidos na luz todas as manhãs e à noite juntavam as palmas das mãos e
ofereciam adoração. Vajramati, até o momento em que alcançou a Budeidade e o Parinirvana, o
lugar onde aquele bodhisattva se originou, continuou a brilhar. E depois de seu parinirvana, a estupa
em que suas cinzas foram mantidas também irradiava luz. Devido a todos estes motivos, os
habitantes dos reinos celestiais chamavam este Buda de “Rei Eternamente Leal”.
Vajramati, quando o Rei Tathagata Arhat Samyaksambuddha atingiu pela primeira vez a Budeidade,
entre seus shravakas do Dharma havia um bodhisattva chamado Luz Infinita, assim como um grupo
de dois bilhões de outros bodhisattvas. O Bodhisattva mahasattva Luz Infinita se voltou para o lugar
onde o Buda estava e perguntou sobre o 'Sutra do Tathagatagarbha', e o Buda o expôs. Ele estava
em seu assento há cinquenta longos kalpas. E por ter protegido os pensamentos de todos os
bodhisattvas, sua voz alcançou em todos os dez mundos de Buda, até mesmo nos átomos menores, e
se espalhou para centenas de milhares de campos de Buda. Por causa das inúmeras experiências de
vida diferentes dos bodhisattvas, Buda apresentou centenas de milhares de metáforas; chamando-as
de 'Sutra Mahayana do Tathagatagarbha'. Todos os bodhisattvas que o ouviam pregar este Sutra
aceitaram-no, recitaram-no e praticaram-no tal como tinha sido explicado. Todos, exceto quatro dos
bodhisattvas, alcançaram a condição de Buddha. Vajramati, você não deve considerá-los como
excepcionais. Como o Bodhisattva da Luz Infinita poderia ser diferente de você? Você é idêntico a
ele. Os Quatro bodhisattvas que ainda não tinham alcançado a condição de Buddha foram
Manjushri, Avalokiteshvara, Mahasthamaprapta e você, Vajramati. Vajramati, o “'Sutra do
Tathagatagarbha” tem uma capacidade abundante. Quem o ouve pode alcançar o Caminho do Buda.
Então, o Buda novamente expressou-se em gatha, dizendo:
Inúmeros kalpas atrás
Um Buda chamado Rei da Luz
Sempre emitindo grande luz
Iluminou inúmeros lugares em toda parte.
O Bodhisattva Luz Infinita
Primeiramente, seguindo o caminho deste Buda,
Solicitou este sutra.
O Buda, então, o ensinou.
E todos os que o encontraram tornaram-se vitoriosos,
E todos os que o ouviram
Obtiveram a Iluminação,
Exceto quatro bodhisattvas:
Manjushri, Avalokiteshvara,
Mahasthamaprapta e Vajramati -
Esses quatro bodhisattvas
Todos ouviram anteriormente este Dharma.
Desses, Vajramati era o discípulo mais dotado.
Na época ele fora chamado de Luz Infinita
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E já tinha ouvido este sutra.
Quando eu originalmente procurei o caminho
No Trono do Leão conhecido como Bodhi-manda,
Uma vez, também recebi este sutra
E praticando como tinha ouvido
Por causa dos kushala mulas (raízes da virtude),
Rapidamente alcancei o caminho do Buda.
Portanto, todos os bodhisattvas
Devem defender e pregar este sutra.
Depois de ter ouvido
E praticado tal como foi explicado,
Vocês se tornarão Budas exatamente como eu sou agora.
Se uma pessoa defende este sutra,
Ele se comportará como o Bhagavan.
Se uma pessoa obtém este sutra,
Ele será chamado de “Protetor do Buddhadharma”,
E então, em nome do mundo, ele irá proteger
O que todos os Budas proclamam.
Se alguém sustentar este sutra,
Ele será chamado de “O Rei do Dharma”,
E aos olhos do mundo
Ele merecerá ser louvado
Como o Bhagavan.
Então, quando o Bhagavan terminou de expor este sutra, Vajramati, junto com os quatro grupos de
bodhisattvas, os Devas, os Gandharvas, os Asuras e os demais, regozijaram-se com as explicações
do Buda e praticaram os ensinamentos como eles os tinham ouvido.
(Fim do Sutra)
Notas:
Nāga, um grupo de deidades serpentinas na mitologia hindu e budista.
Yaksha é o nome de uma ampla classe de espíritos da natureza, geralmente benevolentes, que são
cuidadores dos tesouros naturais escondidos na terra e raízes das árvores. Eles aparecem na
mitologia hindu, jainista e budista.
Na mitologia budista, os garudas são enormes pássaros predadores com inteligência e organização
social. Como os Nagas, eles combinam as características de animais e seres divinos, e podem ser
considerados entre os devas mais baixos.
Na mitologia budista e na mitologia hindu, um kinnara é um amante, um músico celestial, meio
humano e meio cavalo.
Mahoraga - uma classe de serpentes subterrâneas que, dizem, se deitam de lado e giram na terra.
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Bibliografia:
• Tathagata-garbha Sutra - (Tripitaka No. 0666) - Traduzido durante a Dinastia East-JIN pelo
Mestre Buddhabhadra do Tripitaka da Índia; Traduzido para o inglês por William H.
Grosnick, publicado em "Buddhism In Practice" (Donald S. Lopez [ed.], Princeton
University Press, 1995
• Projeto Chenrezig - Condado de Snohomish WA :: Central Florida
www.ChenrezigProject.org
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